3 de jan. de 2011

ilhada

Talvez o ponto seja exatamente onde eu menos imagine que seja. Não é talvez o que se pergunta, mas como se pergunta. Como e porque. Mesmo no campo mais calmo, existe sempre algo de perturbador para se querer saber. Nada é muito do que parece.
Essa sensação de não sei o quê. Vontade de correr e não se fazer nada. Não ser nada. Sinto solidez, me solidifiquei na fragilidade. Finquei raízes numa terra estéril. Então o medo me aparece como a melhor cobertura de uma noite fria e insone.
O tempo fala por si e não espera ninguém, nem os cronômetros, relógios, ampulheta.
Vejo então, uma ilha solitária onde me aprisionei. Ao contrário das palavras boas e positivas que ando plantando por esses dias, não sinto no mais profundo. Os sentimentos precisam também purificar-se.
Não é o bastante.

Não gostaria e nem quero mais escrever mais nada disso, não quero mais sentir esse medo, essa angústia, nunca mais.
Logo eu. Mas não posso mentir para mim mesma e preciso libertar-me.
Encontrei refúgio nas palavras.

Quero ir embora.

[Tormentos de Alujá, pag 32]

Um comentário:

Ediane Soares disse...

vai embora lá pra casa Fatinha... =)