23 de mar. de 2007

zumbir-se.

Foi aquela dor de cabeça que fazia arder sua mente
que estacionou todos os seus pensamentos:
Ela parou de escrever.
Parou de pensar. E foi então que o vazio se fez mais presente
até mesmo que o ar, o qual respirava com dificuldade.
Percebeu então que o vazio vinha de fora pra dentro
e de dentro pra fora, inexplicavelmente.
Um fluxo interminavel, continuo, renascente.
O vazio tirava suas forças, pouco a pouco...
E se nutria e crescia, um vazio pardo que zumbia.
Ela estava tonta. Zumbia.
Soltou a caneta, tentou se levantar.
Zumbia.
As estrelas do lado de fora da janela brilhavam
feito vagalumes endoidecidos, até moviam-se...
Ai chega, dói demais. Zumbia.
A cabeça pesava trezentas toneladas de vazio pardo.
Desses que não se compram em farmácias,
nem se vêem na televisão com freqüencias distorcidas.
Estava fora do canal de si. E zumbia.

2 comentários:

Daniele C. disse...

um vazio desses deve ser absurdo de vazio se é maior ainda que os outros que tu citou. tenho medo. sério. um vazio pardo...

Anônimo disse...

é incrível como sempre me acho por aqui.talvez seja o título.
então, o céu é meu.
tuas palavras se tornam minhas..
essa amizade já é minha.
aliás, nossa!
eu permito pros teus escritos.