4 de fev. de 2007

Ela.


Abriu as portas do ármario mais uma vez.
Talvez fosse aquela bailarina estúpida que satitava em sua cabeça.
Ou a 9° Sinfonia de Ludwig van Beethoven que abraçava seu crânio com fitas e afetos.
Estava cansada e não queria visitas naquela noite chuvosa.
E nem nas outras que se seguiam, se isolara do mundo.
E a muito tempo não ouvia voz de gente nem de bicho.
Só o próprio silêncio, só o próprio peito batendo solitário na loucura que ela mesma criara.
E se orgulhava de tudo isso, e trazia consigo os sentimentos de criança.
Não crescera, talvez.
Fechou as portas do ármario e sentou-se na cadeira de balanço.
Mas não se balançava, não tinha forças para isso.
Pensou nas macieras que apodreciam dos jardins da casa.
Nos cascos no chão, nos vermes que acumulavam.
E o flamboyant vermelho que só existia em sua memória cálida.
Suas folhas vivas que caiam, e ela não entendia.
Se levantou, e abriu as portas do ármario mais uma vez.

7 comentários:

Daniele C. disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Daniele C. disse...

círculo vicioso? parece tão cansada mesmo. é tu? :( sumiu de mim. :( fiz algo?
:*

Daniele C. disse...

gostei muito da sua descrição...

Daniele C. disse...

ficou biyiiiito o layout muléer

Anônimo disse...

gracias!
iuuuuhu!


:*

Daniele C. disse...

eu li... mas pra falar a verdade não lembro não do texto.

beeeeeso fatiiiiilda menina!

Víctor disse...

Ficou muito bonito! Só "saltitava" que você esqueceu um 'L' =)
Mudou um pouco o visual do blog. Manda mais coisas =)